Os dois suspeitos pelo desaparecimento de Bruno Pereira, indigenista, e Dom Phillips, jornalista inglês, confessaram nesta quarta-feira (15) o assassinato das vítimas. Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, e seu irmão, Oseney da Costa Oliveira, o Dos Santos, admitiram participação no crime e foram levados pela Polícia Federal (PF) até o local das buscas.
Até esta quarta-feira (15), nove pessoas foram ouvidas pela PF, entre elas a mulher de Pelado, que prestou depoimento na última sexta-feira (10) na companhia de um advogado e preferiu não falar sobre o caso e sobre a prisão do marido. Bruno e Dom estão desaparecidos desde o dia 5 de junho, quando faziam o trajeto entre a comunidade ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, na Amazônia.
Relembre o caso
A viagem costuma durar apenas duas horas, Bruno e Dom nunca chegaram ao destino. Após horas sem contato, a associação indígena Univaja informou o desaparecimento na segunda-feira (6) ao Ministério Público Federal (MPF) que instaurou procedimento administrativo para a apurar o caso e acionou a Marinha do Brasil, a Força Nacional, a Polícia Federal e Civil.
No domingo (12), as equipes de busca encontraram um cartão de saúde e outros pertences de Bruno, além de uma mochila com roupas pessoais de Dom na área onde são feitas as buscas pelo jornalista britânico e pelo indigenista, no interior do Amazonas, segundo as autoridades, o material estava próximo da casa de “Pelado”, o único preso suspeito de envolvimento no desaparecimento até aquele momento. Dois dias antes, policiais haviam encontrado “material orgânico aparentemente humano” na região. Os investigadores encontraram ainda vestígios de sangue na lancha usada por “Pelado”, ainda não confirmado se é humano ou animal. Testemunhas relataram à Polícia Federal que viram a embarcação com Bruno e Dom sendo perseguida por Amarildo Costa Oliveira.