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Garantido e Caprichoso encantam na Ilha da Magia

A apuração do festival ocorre nesta segunda-feira (1), às 14h, no Bumbódromo, em Parintins


Na terceira e última noite do 57º Festival de Parintins, o Boi Garantido abriu a festa com o tema ’O Futuro é Ancestral’, como parte do projeto ‘Segredos do Coração’.

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Foto: Mauro Neto/Secom

Inspirado no escritor indígena Ailton Krenak, quando diz que “O futuro é ancestral”, o boi-bumbá Garantido levou como narrativa os olhos para o futuro e o respeito e reconhecimento dos saberes dos povos ancestrais.

Um dos grandes momentos da noite foi o Ritual Indígena, que apresentou o rito ‘Jeroki Kaiowá’, do povo Guarani dos Kaiowá, renovando o exemplo de esperança, mesmo com o território do seu povo invadido por fazendas, desmatado e com rios destruídos.

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Foto: Mauro Neto/Secom

Antes de entrar na arena, o pajé do Boi Garantido, Adriano Paketá, disse que representar no Festival um povo que ainda é tão perseguido é muito importante. “O Garantido está grandioso e hoje, para fechar com chave de ouro, vamos apresentar esse ritual pela primeira vez no Festival Folclórico de Parintins. Vamos fazer reverência a esse povo maravilhoso com um grande momento ritualístico e, com certeza, vamos arrepiar a galera vermelha e branca”, destacou Adriano Paketá.

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Foto: Mauro Neto/Secom

Caprichoso apresentou o tema ‘Saberes, o Reflorestar das Consciências’

O Boi Caprichoso fechou a última noite do 57º Festival de Parintins, no domingo (30), levando para a arena o apelo contundente em favor da proteção da floresta e dos povos originários, a partir do tema “Saberes, o Reflorestar das Consciências”.

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Foto: Arthur Castro/ Secom

A primeira alegoria foi ‘Lenda Amazônica’, apresentando ao público a história do povo Macurap, que enfrentou uma grande alagação e teve a missão de proteger o povo da floresta. A obra do artista Alex Salvador foi destaque, com efeitos e detalhes, transformando a arena numa grande floresta.

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Foto: Arthur Castro/ Secom

Dando ênfase aos saberes tradicionais e crenças populares, o item ‘Figura Típica Regional’, concebida pelos artistas Makoy Cardoso e Nei Meireles, levou para o bumbódromo os Sacacas, Curadores da Floresta, que retrataram o poder da cura das ervas medicinais que ultrapassam os limites da ciência.

Ao longo da apresentação, o bumbá azulado deu destaque para as emergências climáticas, com a presença de líderes indígenas como Vanda Witoto. O espetáculo foi encerrado com o Ritual Indígena, entoado por Awa Guajá – A Oferenda e Sacaca.

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Foto: Arthur Castro/ Secom

Apuração

A apuração do festival ocorre nesta segunda-feira (1), às 14h, no Bumbódromo. O boi-bumbá vencedor será aquele que acumular o maior número de pontos na soma de todos os blocos durante as três noites de apresentações.

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