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Caprichoso abre a terceira noite de Festival e Garantido encerra aclamado pela torcida rexé


Na terceira e última noite de apresentações do 58º Festival de Parintins, neste domingo (29), o Boi Caprichoso abriu a programação no Bumbódromo levando para a arena o tema “Kaá-eté – Retomada pela Vida”.

A noite marcou a estreia de Edson Azevedo Júnior, como tripa oficial do Boi. A apresentação destacou a lenda amazônica de Waurãga, reverenciada como a senhora e guardiã da floresta, responsável por convocar e comandar os Kãkãnemas, espíritos da mata que se manifestam no corpo dos animais de todas as espécies.

Dentro da alegoria, a cunhã-poranga Marciele Albuquerque foi ovacionada pelo público. Na sequência, a figura típica regional “O Seringueiro da Amazônia” ganhou destaque na arena.

Boi do povo, Boi do Povão!

O Boi Garantido encerrou, neste domingo (29), a terceira e última noite de apresentações do 58º Festival de Parintins, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Em busca do 33º título de sua história, o bumbá vermelho e branco levou à arena o espetáculo com a temática “Garantido, Boi do Brasil”, parte do projeto artístico maior deste ano, intitulado “Boi do Povo, Boi do Povão”.

A apresentação iniciou destacando a riqueza e diversidade cultural do país, em uma grande celebração folclórica que homenageou bois de todas as regiões do Brasil, do Norte ao Sul, representando diferentes ritmos, cores e tradições, a qual também teve a exaltação do Boi Garantido, que evoluiu em uma mistura de sucessos do bumbá.

A apresentação do Garantido contou com um momento de homenagens ao compositor Chico da Silva, com toadas escritas por ele que marcaram o Festival de Parintins, como a toada “Vermelho”, e ainda com a despedida do tripa Denildo Piçanã. A lenda apresentada na terceira noite foi “A Deusa das Águas”, inspirada em uma das toadas mais marcantes do Festival.

A alegoria, assinada pelo artista Glemberg Castro e sua equipe, impressionou pela grandiosidade, movimento e uso de tecnologias cênicas. A Rainha do Folclore, Lívia Christina, surgiu no módulo central da alegoria, com uma evolução marcada por uma transformação em yara.

A figura típica regional exaltou as artesãs indígenas, valorizando a mulher originária como guardiã da floresta. E destacou como suas criações artesanais são expressões de resistência cultural e preservação ambiental. A alegoria trouxe a aparição da cunhã-poranga Isabelle Nogueira, liderando uma celebração da força de mulheres indígenas, em mais uma noite marcada por transmutação na indumentária, se transformando em arara.

Um dos momentos mais aguardados da noite foi o “Ritual Bahsesé”, apresentado em uma alegoria assinada pelo artista Antônio Cansanção e equipe, que reuniu esculturas gigantes, com movimentos e a encenação do ritual indígena, que trouxe o pajé Adriano Paketá.

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