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Brasil e Mundo

Louvre fecha após funcionários entrarem em greve contra superlotação

Equipe alega esgotamento diante do excesso de visitantes


O Louvre, o museu mais visitado do mundo e lar da Mona Lisa, fechou as portas temporariamente nesta segunda-feira (16), após os funcionários entrarem em greve contra o turismo de massa.

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Foto: Foto AP/Christophe Ena

Milhares de visitantes, confusos e com ingresso na mão, foram barrados em longas filas sob a pirâmide de vidro que fica na entrada do museu.

O Louvre se tornou um símbolo do turismo levado ao limite. Enquanto destinos como Veneza e Atenas correm para conter multidões, o museu mais icônico do mundo — que recebe milhões de visitantes — está chegando ao seu limite.

No domingo (15), protestos coordenados contra o turismo varreram o sul da Europa.

Milhares marcharam em Palma de Maiorca e Barcelona (Espanha), Veneza (Itália) e Lisboa (Portugal), criticando um modelo econômico que, segundo eles, expulsa moradores e destrói o cotidiano urbano.

Em Barcelona, ativistas chegaram a borrifar turistas com pistolas d’água — um gesto simbólico para “esfriar” o turismo desenfreado. O mesmo aconteceu em julho de 2024.

A paralisação no Louvre começou de forma espontânea, durante uma reunião interna de rotina.

Atendentes, bilheteiros e seguranças se recusaram a assumir seus postos, protestando contra multidões incontroláveis, falta crônica de pessoal e o que um dos sindicatos classificou como “condições de trabalho insustentáveis”.

Fechar as portas do Louvre é algo raro. Isso aconteceu em tempos de guerra, na pandemia e durante poucas greves — incluindo paralisações espontâneas por superlotação em 2019 e por questões de segurança em 2013. Mas raramente o fechamento foi tão abrupto, sem aviso e diante de uma multidão.

A interrupção ocorre meses após o presidente francês Emmanuel Macron anunciar um plano de 10 anos para “salvar o Louvre” de problemas como: infiltrações, variações de temperatura, infraestrutura ultrapassada e um volume de visitantes muito além da capacidade.

Para os funcionários, esse futuro ainda parece distante.

“Não podemos esperar seis anos”, disse Sarah Sefian, atendente e responsável por serviços ao visitante. “Não se trata apenas das obras de arte — mas de quem as protege.”

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