“Para combater o racismo religioso, o melhor caminho é o diálogo”, afirmou a advogada e integrante da Mesa Panamericana de Mulheres do Amazonas, Karla Jamily Carvalho. O tema “Racismo Religioso e o Papel das Instituições Públicas” foi amplamente discutido na roda de conversa realizada nesta terça-feira (18), como parte da programação da Semana da Consciência Negra do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).

Fotos: Júnior Souza/TRE-AM
A abertura do encontro foi presidida pela diretora-geral, Cynthia Edwards Mouta, que destacou a importância de trazer o debate para o ambiente institucional.
“Todos nós temos um importante papel aqui, que é o de compartilhar as informações, combater as diferentes formas de racismo, conhecendo a realidade do outro. A intolerância religiosa existe, é latente, e nós precisamos falar sobre isso. Cada participante é um multiplicador dessas falas de enfrentamento a qualquer tipo de discriminação”, afirmou.
O debate contou com contribuições sob diferentes perspectivas, incluindo a da doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da UFAM, Priscilla Thayane de Carvalho, e do representante da Matriz Africana Mina Jeji, Alberto Jorge.
A partir de suas vivências, experiências profissionais e sociais, os convidados trouxeram reflexões, apontando ações e estratégias que possam resultar em transformações reais no combate à intolerância religiosa.
Para Priscilla Thayane, educar para a pluralidade e para a diversidade é essencial para sensibilizar a sociedade. “É necessário fortalecer a rede de proteção às vítimas, responsabilizar os agressores e promover justiça na prática, no dia a dia, para que as macro e micro violência não se reproduzam. Precisamos desconstruir falas preconceituosas”, afirmou.
- Fotos: Júnior Souza/TRE-AM
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Sob o aspecto legal, Karla Jamily destacou a importância do aprofundamento do tema, do diálogo e da efetivação das leis que protegem vítimas de racismo e intolerância religiosa.
“Precisamos discutir, enquanto sociedade, outras regras e regramentos que garantam o cumprimento do que está no texto constitucional. Já avançamos na luta das mulheres e no enfrentamento às questões de gênero, com redes de apoio e instrumentos sociais, algo que ainda não temos plenamente em relação ao racismo”, ressaltou.

Fotos: Júnior Souza/TRE-AM
Às vésperas do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, Alberto Jorge deixou como mensagem aos servidores do TRE-AM: “Não deixem que o 20 de novembro seja só uma data. Incorporem a Lei 12.288, a Lei 7.716, e outras leis no dia a dia do TRE-AM”, disse, reforçando o compromisso com o combate racial.
A Semana da Consciência Negra segue até quarta-feira (19), com feira de artesanato, realizada no 4º andar do TRE-AM, das 9h às 14h. No encerramento, a Associação Cultura de Capoeira, sob o comando da Mestre Mainha e Mestre Leão, realizará rodas de capoeira, na Central de Atendimento ao Eleitor (CATE), no Fórum Eleitoral, promovendo a interação com o público.
Fotos: Júnior Souza/TRE-AM





















