“Lá vem lugar comum”, deve ter pensado a leitora, com esse título tão óbvio. É nada, mana do céu. É esperança e das boas, porque sou dessas, não me deixo abater, mesmo! E já estou toda preparada, amigo leitor. Sou crente nas superstições e, todo final de ano executo-as com louvor. Tenho que comer lentilha –sopa, salada, feijoadinha –batendo meia-noite, sem pisar no chão. Sento, levanto os pés e dou duas, três garfadas. Pipoca, sempre. Apitos, para espantar o ano velho e animar o novo. Uva, 12 bagos. Comer tudo que fuça e nada que cisca. Ou seja, porco é de lei. Frango, somente no dia 2 de janeiro. Peixe, sim, abundância, cardume, multiplicação. E como o ano é do Rei Sol, amarelo em algum lugar do corpo. Ou o corpo todo. Será um ano regido por Xangô, e por Iansã. Ano da justiça, dos ventos e tempestades. As boas ações estarão em alta é hora de colher bons frutos. Quem plantou, claro. Em todos os sentidos. Feliz domingo!
