As alergias respiratórias estão presentes na vida de inúmeras pessoas, e as reações causam desconfortos como coriza, coceira na região dos olhos e nariz, espirros e tosse. O otorrinolaringologista Rafael Carvalho, que atua na Policlínica Governador Gilberto Mestrinho, unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), explica as principais causas e formas de evitar crises alérgicas.
Segundo o médico, a alergia é uma reação exacerbada do sistema imunológico à exposição do organismo a uma série de substâncias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 30% da população brasileira têm algum tipo de alergia. Entre as alergias respiratórias, a rinite alérgica e a asma são as mais comuns.
De acordo com o otorrinolaringologista, pessoas com alergia têm um componente genético que torna o organismo suscetível a determinadas substâncias, chamadas de “alérgenos”. No caso das alergias respiratórias, os agentes são ácaros; poeira doméstica; mofo (fungos); pelos e penas de animais; pólen, entre outros.
Prevenção
A principal recomendação para evitar as crises alérgicas respiratórias é manter os ambientes limpos e arejados, com uma boa circulação de ar, conforme o médico.
“A prevenção em geral é muito mais o cuidado de deixar o local sempre bem arejado. Abrir a janela, deixar a luz do sol entrar, a limpeza do local contínua e evitar varrer e espanar, para que aquela poeira não suba e entre em contato com a via respiratória, e trocar a vassoura por um pano úmido. Trocar qualquer material que acumule poeira por materiais com superfícies lisas”, recomendou.
O médico ressaltou que esses cuidados devem ser intensificados durante o inverno amazônico, período mais chuvoso entre os meses de dezembro e maio, quando aumenta a circulação de vírus respiratórios e, com isso, a incidência de doenças e alergias respiratórias, decorrente da aglomeração de pessoas em ambientes fechados com ar-condicionado e sem luz solar.
Sinais
Sintomáticos de rinite ou sinusite se preocupam com a possibilidade de estarem com gripe ou resfriado. Conforme o otorrinolaringologista, esses sinais devem ser, previamente, analisados e o acompanhamento médico é fundamental em ambos os casos.
De acordo com o médico, enquanto o resfriado pode ser identificado por meio da avaliação clínica em consultório e a observação dos sintomas, o diagnóstico da rinite alérgica pode exigir testes de detecção de alérgenos, para reconhecimento dos fatores que geram as crises e auxiliar na escolha de uma linha de prevenção e tratamento mais efetivo.
O tratamento deve ser iniciado e realizado de modo contínuo com o primeiro atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após essa primeira avaliação, caso seja necessário acompanhamento especializado, o paciente será encaminhado para uma unidade da rede pública estadual para realizar a assistência adequada.