Dezenas de manifestantes, que incluíam indígenas e integrantes de movimentos sociais, entraram em confronto com as forças de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no início da noite de terça-feira (11) no pavilhão que sedia a Cúpula do Clima (COP30), em Belém. O grupo tentou invadir a Zona Azul, área restrita e credenciada onde ocorrem as negociações da conferência, considerada território da ONU. O tumulto resultou em ferimentos leves em dois seguranças, sendo que um deles foi removido por paramédicos com um ferimento na cabeça.

Foto: André Coelho/EFE
Bloqueio e danos
A confusão gerou correria e quebra-quebra. Os manifestantes conseguiram ultrapassar o sistema de Raio-X e os detectores de metal, mas foram contidos antes de acessar o local principal. Durante o incidente, portas da entrada foram quebradas. O confronto levou ao fechamento das entradas e saídas da Zona Azul, com seguranças formando cordões de isolamento e usando mesas de madeira para montar barricadas nas portas.
Reforço de Segurança e Motivações
O grupo de ativistas protestava contra a exploração de petróleo na Margem Equatorial (na foz do Rio Amazonas), em defesa da taxação de grandes fortunas e portando faixas de apoio a uma “Palestina livre”. Alguns usavam trajes típicos indígenas e empunhavam bandeiras, bastões, megafones, arcos e flechas. Após a expulsão do grupo, agentes da Polícia Federal (PF) armados com fuzis reforçaram a entrada do pavilhão.
A organização da Marcha Global Saúde e Clima, evento do qual os manifestantes se separaram, negou qualquer relação com o episódio de invasão, afirmando que a ação não fazia parte da articulação oficial e reafirmando o respeito às instituições da COP30. A ONU informou que, apesar dos danos superficiais, o local foi rapidamente protegido e as negociações seguem normalmente. As autoridades brasileiras e da ONU estão investigando o incidente, com a PF requisitando imagens para instaurar inquérito.


















