A Prefeitura de Manaus promoveu, neste sábado (29), o sétimo mutirão para inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU) em usuárias assistidas pelo programa de planejamento familiar da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na maternidade Doutor Moura Tapajóz (MMT), localizada no bairro Compensa, zona Oeste. Durante a ação foram atendidas 60 mulheres, dentre as quais, moradores da comunidade indígena Parque das Tribos, no Tarumã-Açu, na zona Oeste.
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, e o subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, acompanharam os atendimentos. A gestora destacou que o DIU é um método contraceptivo seguro e bastante procurado na rede municipal de saúde, daí o esforço da prefeitura em realizar a ação de saúde no sábado, como forma de ampliar o acesso das usuárias assistidas pelo programa de Planejamento Familiar (Plafam) da MMT, ao dispositivo.
“Hoje a ação teve um caráter especial porque mulheres indígenas de várias etnias do Parque das Tribos compareceram, graças ao apoio do prefeito David Almeida, que tem se esforçado para promover saúde aos indígenas não aldeados que moram naquela região. A ampliação desse serviço às mulheres é um exemplo deste compromisso. Hoje até um micro-ônibus foi providenciado para transportá-las. Nossa ação de saúde foi um sucesso”, pontuou.
O gerente de enfermagem da MMT, Everton de Freitas Gomes, reforçou a importância da ampliação do acesso às moradoras do Parque das Tribos, que concentra hoje mais de 850 famílias, e explicou que o DIU é um método anticoncepcional seguro, com durabilidade de até 10 anos.
“É um método não hormonal, duradouro e que pode ser retirado se a mulher decidir ter filhos. O DIU tem 99% de eficácia e é um dos melhores métodos de planejamento reprodutivo”, assegurou.
Acompanhamento
A coordenadora do Planejamento Familiar da Maternidade Doutor Moura Tapajóz, enfermeira Magna Fraga, alertou às usuárias sobre a importância do acompanhamento após a realização do procedimento. Assim que fizeram a inserção do DIU, as usuárias foram encaminhadas ao Agendamento para a realização de um exame de ultrassom transvaginal, que deve ser feito em um prazo de 20 a 30 dias.
“É importante que essas pacientes retornem para fazer o ultrassom, porque esse exame vai avaliar se o procedimento foi bem-sucedido. É importante assinalar que outro agendamento é feito para seis meses após a realização deste primeiro ultrassom, para novamente verificar se o dispositivo continua bem posicionado. É um cuidado essencial para evitar algum evento inesperado no futuro”, enfatizou.
A artesã indígena da etnia Baré, Mariana da Silva Tomaz, mãe de três filhos, foi uma das beneficiadas pelo serviço. Ela contou que fazer o procedimento vai trazer mais tranquilidade para a sua família.
“Pra mim foi importante porque vai evitar que eu engravide. Tive muita dificuldade no parto dos meus três filhos. Agora estou mais tranquila”, sintetizou.
Além do procedimento de inserção do DIU, houve oferta de exame Beta HCG (teste para gravidez), entrevistas para a realização do procedimento, distribuição de preservativos e palestras sobre a importância do planejamento familiar.