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Moda & Beleza

Festival de Parintins movimenta economia com venda de adereços

Além da geração de empregos, itens viram febre entre os brincantes e valorizam a cultura amazônica


O colorido da Amazônia e a criatividade dos artistas parintinenses produzem artigos de moda como adereços, brincos, colares e cocares que viram febre entre os brincantes do Festival Folclórico de Parintins. A geração de emprego e renda e o fortalecimento da cultura amazônica movimentam a economia criativa da Ilha Tupinambarana. A festa é promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura de Economia Criativa e Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), entre os dias 24 e 26 de junho, no Bumbódromo.

(foto: Liam Cavalcante/ Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa)

Sementes de árvores amazônicas, penas, materiais naturais e sintéticos aliados a mais de 30 anos de experiência nos bumbás Caprichoso e Garantido, compõem o processo criativo do estilista e aderecista parintinense Helerson Maia. Mesclar as tendências da moda com os estilos dos adereços de diferentes etnias indígenas é o grande segredo do sucesso das peças produzidas, segundo Maia.

Ele explica que usar os adereços cria um laço de participação da festa parintinense. “Estamos falando das pessoas que vão assistir e brincar caracterizadas. Elas se sentem caracterizadas, elas se sentem super animadas e inclusive na moda. Isso você só vê no Amazonas, não é como se fosse só uma tiarinha, é muito mais que isso”, afirma o artista.

As peças de destaque para esta temporada bovina, conforme Maia elencou, são as ombreiras trabalhadas com miçangas, penas, tiras de couro, de forma simétrica ou assimétrica, entre as preferidas pelas clientes do ateliê. Os maxi colares inspirados nas peças utilizadas pela etnia Kaiapó também conquistou o público, segundo o aderecista.

Geração de renda

Empregando cerca de oito profissionais atualmente, e, sem horário da agenda para novas entregas, o artista ressalta que há espaços para mais ateliês de criação, tanto em Manaus quanto em Parintins. “Tem raízes nossas aqui. E hoje é preciso que isso seja feito, que tenha ateliês abertos aqui na cidade, em Manaus e em outras cidades. E a gente trabalhando com isso acaba agregando várias pessoas. Eu tenho funcionários que trabalham somente com a economia criativa juntamente comigo”, reforça o aderecista.

Reconhecimento

Helerson foi o responsável pelo traje típico que a Miss Brasil 2018, Mayra Dias, apresentou no tradicional desfile do Miss Universo. A criatividade, marca do povo parintinense ficou evidente no traje, que contou com recursos tecnológicos para uma transformação incrível da índia para o beija-flor. Ele revela que o trabalho desenvolvido para o concurso gerou reconhecimento em diversos países, principalmente em revistas de moda do continente asiático.

(foto: Liam Cavalcante/ Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa)

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