Nesta segunda-feira (5), às 20h, o “Cabaré Chinelo – O Show”, espetáculo do Ateliê 23 em parceria com a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), abre a programação de 10 anos da série Encontro das Águas, no Teatro Amazonas (Largo de São Sebastião, Centro). Uma nova sessão está marcada para 7 de agosto e os ingressos seguem disponíveis para os dois dias no Instagram (@atelie23). A classificação é de 18 anos.
O musical, com regência do maestro Marcelo de Jesus, apresenta a trilha original da produção premiada da companhia amazonense. No repertório estão 12 composições do álbum lançado em março deste ano: “Somos o Cabaré”, “Soulanger”, “Maria É Gente”, “Prazer, Luiza”, “La Muerte”, “Moço”, “Bom Amigo”, “Tatá”, “Eu Sou a Maior”, “Lobas”, “Descanse” e “Grito de Conceição”.
“Recebemos o convite da Orquestra de Câmara do Amazonas para celebrar uma década da série Encontro das Águas e estamos de volta ao Teatro Amazonas para o primeiro show após o lançamento do álbum nas plataformas de streaming de música. Vai ser uma nova relação com a plateia, com as pessoas que já conhecem o trabalho”, afirma Eric Lima, que assina como compositor da maioria das canções, figurino e direção geral do espetáculo. “Desta vez também vamos apresentar cenas do espetáculo dentro do show, que tem 1h20 de duração”.
Eric Lima destaca que o musical tem na equipe mais de 30 pessoas, entre técnicos e artistas. Segundo ele, compõe a ficha técnica integrantes do Coral do Amazonas, Coletivo Ballroom Manaus, Gandhicats, Holograma, bailarinos independentes e artistas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além do elenco do “Cabaré Chinelo”.
“São dez pessoas no balé, dez integrantes no coral, 15 músicos na orquestra, mais quatro na banda e nove vocalistas. É uma grande ode aos artistas nortistas em todas as linguagens que o Ateliê 23 está trabalhando, tem a dança, o teatro e a música”, comenta o diretor.
Eric Lima reforça a importância de criar desdobramentos da peça após dois anos em cartaz, para que mais pessoas tenham acesso a história das mulheres que foram prostituídas no período da Belle Époque no Amazonas e o trabalho do Ateliê 23 em diferentes frentes das artes.
“Criamos desdobramentos da nossa própria obra, que não acaba, está sempre em processo, com uma nova roupagem e próximo ao público”, pontua o artista. “A partir da peça, já fizemos o ‘Cabaré Ouve’ em um formato mais intimista e agora temos a oportunidade de fazer um show de grande proporção”.
Lugar de honra
O maestro Marcelo de Jesus, responsável pelos os arranjos para a OCA através de uma transcrição para piano de Adonnay Júnior, conta que ficou impactado com o “Cabaré Chinelo” na primeira temporada e desde então quis colaborar com o espetáculo.
“A série Encontro das Águas sempre dialogou com várias vertentes das artes e, neste ano, o Teatro está inserido num lugar de honra. Por isso, abrimos a edição especial com a peça premiada do teatro amazonense”, declara o regente.