Em agosto, o Ateliê 23 completa 11 anos de atuação no cenário cultural amazonense e a agenda de comemorações inicia nesta semana, com duas apresentações do “Cabaré Chinelo – O Show”, musical com a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), no Teatro Amazonas (Largo de São Sebastião, no Centro). As sessões acontecem na segunda e quarta-feira (5 e 7), às 20h, e os ingressos estão disponíveis no Instagram (@atelie23). A classificação é de 18 anos.
O espetáculo é um desdobramento da peça premiada “Cabaré Chinelo”, considerada um fenômeno pela crítica e pela tradição de ingressos esgotados desde a estreia, em diversas cidades do Brasil. Com regência do maestro Marcelo de Jesus e duração de uma hora e 20 minutos, o show traz no repertório as 12 composições do álbum lançado nas plataformas de streaming de música, em março deste ano, entre elas “Somos o Cabaré”, “Soulanger”, “La Muerte”, “Moço”, “Bom Amigo”, “Eu Sou a Maior”, “Lobas”, “Descanse” e “Grito de Conceição”.
“É rico para o Ateliê 23 fazer desdobramentos da nossa própria obra, principalmente após dois anos da peça em cartaz. É uma outra forma de contar a histórias das mulheres prostituídas no período da Belle Époque no Amazonas, agora em um show de grandes proporções”, comenta Eric Lima, compositor da maioria das canções, responsável pelo figurino e diretor geral do novo trabalho. “Desta vez também vamos apresentar cenas do espetáculo dentro do show”.
O “Cabaré Chinelo” é sucesso também nas plataformas digitais. O álbum, lançado em abril, tem mais de dois mil ouvintes mensais, em diferentes streamings de áudio. Quatro faixas do álbum entraram na playlist viral Manaus: “La Muerte”, “Somos o Cabaré”, “Gaita de Gaivota” e “Lobas”.
“A música ‘Eu Sou a Maior’, da personagem Balbina, entrou em mais de mil playlysts desde o lançamento”, destaca Eric Lima.
Programação
No segundo semestre tem uma nova temporada da montagem “Cabaré Chinelo”, que está programada para os dias 10, 11, 17 e 18 de setembro, às 20h, no Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro). A classificação é de 18 anos.
A obra propõe uma imersão no outro lado da Belle Époque no Amazonas, no período entre 1900 e 1920. Inspirada na pesquisa de Narciso Freitas e em parceria com a companhia de teatro argentina García Sathicq, o espetáculo narra as histórias de Mulata, Balbina, Antonieta, Soulanger, Laura, Joana, Luiza, Felícia, Enedina, Sarah, Emiliana e Maria.
Com 17 artistas em cena, a peça conta com Vivian Oliveira, Sarah Margarido, Andira Angeli, Julia Kahane, Thayná Liartes, Emily Danali, Fernanda Seixas, Daphne Pompeu, Daniely Peinado, Ana Oliveira, Bruna Pollari, Allícia Castro, Taciano Soares e Eric Lima, além dos músicos Yago Reis, Guilherme Bonates e Stivisson Menezes.
O projeto tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas – IBERESCENA.
Em novembro, o Ateliê 23 estreia “Sebastião”, montagem inspirada pelo impacto e repercussão do videoclipe ‘Glowria’, em 2021, que gerou reações violentas de um grupo conservador ligado à Igreja Católica. Com direção de Taciano Soares e Eric Lima, que também compõem o elenco, a peça traz nomes como Jorge Saboia, Elias DiFreitas, José Holanda, Andiy e Francis Madson.
O projeto também vai colocar em cena a linguagem drag, para valorizar a liberdade de expressão e a política presente nessa forma de arte. Na trilha sonora, “Sebastião” vai explorar, de maneira mais intensa, a interação com a tecnologia com efeitos e detalhes sonoros que ampliem a experiência do público.