O jornal norte-americano The New York Times destacou no último sábado (14) o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, e sua repercussão internacional. A matéria aponta Fernanda Torres como uma forte candidata ao Oscar 2025 por sua atuação como Eunice Paiva e também recupera a história de Fernanda Montenegro, mãe da protagonista, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 por ” Central do Brasil” e perdeu a estatueta para Gwyneth Paltrow, de “Shakespeare Apaixonado”.
“Um blockbuster surpresa no Brasil alimenta esperanças de Oscar, e de um acerto de contas”, diz o título da reportagem, ilustrada com uma foto das duas Fernandas. Segundo o NYT, a derrota de Fernanda Montenegro é vista no Brasil como um momento de injustiça nunca superado. “Décadas depois que sua mãe perdeu um Oscar, a brasileira Fernanda Torres pode ter a chance de ganhar uma estatueta de ouro com um papel em um filme que desencadeou uma profunda busca pela alma”, escreveu o jornal.
Expectativa pelo Oscar
Fernanda Montenegro, que participa de “Ainda Estou Aqui” em uma breve, mas elogiada aparição, vive Eunice Paiva nos últimos anos de vida, em cenas que reforçam a ligação entre as duas atrizes. A reportagem destacou a participação como um momento simbólico que conecta as gerações de mãe e filha no cinema. Isso também reforça o caráter simbólico de uma possível indicação de Fernanda Torres, considerando o legado da mãe. Sobre a chance de seguir os passos de Montenegro, Torres afirmou: “Seria uma história incrível. Agora, ganhar, acho impossível”.
A matéria também destacou a vitória do troféu de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e as indicações do longa ao Globo de Ouro, incluindo Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Torres, como fatores que aumentam as chances de indicação ao Oscar 2025.
Entretanto, o NYT mencionou os desafios que Torres enfrentaria na disputa pelo Oscar, em um ano com nomes de peso como Angelina Jolie, por “Maria Callas”, e Nicole Kidman, por “Babygirl”. O jornal lembrou que apenas duas atrizes ganharam prêmios principais no Oscar por filmes estrangeiros desde 1929, tornando qualquer vitória mais significativa.