Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28) e também foi fortemente sentido na Tailândia e na China.
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O ministro das Relações Exteriores do governo paralelo do Mianmar, oposição à junta militar que governa o país, fala em 12 mortes. Um hospital da capital Naypyitaw informou que o número de mortos já chega a 20, segundo a AFP. A junta militar que governa o país ainda não confirmou se há vítimas, mas fez apelos por doações de suprimentos médicos.
Na Tailândia, os tremores derrubaram um prédio em construção em Bangkok. Pelo menos cinco pessoas morreram. Equipes de resgate procuram 117 desaparecidos sob os escombros.
A junta militar decretou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing, Mandalay e a capital, informou a mídia estatal. A junta foi estabelecida após golpe em 2021 e detém o controle sobre rádio, televisão e jornais. O acesso à internet também é limitado na região.
Ainda nesta sexta-feira, um porta-voz da junta militar fez pedidos por doações de sangue e de materiais médicos para as vítimas do terremoto durante um pronunciamento na TV estatal.
Desde que a junta tomou o poder, as antigas autoridades do país, depostas no golpe, formaram um governo paralelo, o Governo de Unidade Nacional. Este “governo paralelo” também diz ajudar nos resgates.
A União Europeia, a França e a Índia já manifestaram disposição de enviar ajuda. O pedido de ajuda dos militares de Mianmar é raro e mostra a gravidade da situação. O país já sofre com infraestrutura precária e um sistema de saúde debilitado por quatro anos de guerra civil.
O tremor aconteceu na tarde desta sexta-feira (28) no horário local — madrugada pelo horário de Brasília. O epicentro foi localizado a 16 km a noroeste da cidade de Mandalay, na região central de Mianmar.
A Organização das Nações Unidas (ONU) informa que há “danos significativos” na região central de Mianmar. A companhia aérea estatal, a Myanmar National Airlines, cancelou voos.
A Cruz Vermelha também relata destruições. “A infraestrutura pública foi danificada, incluindo estradas, pontes e prédios públicos. Atualmente, temos preocupações com represas de grande porte”, disse Marie Manrique, coordenadora de programas da Federação Internacional da organização.
