A imprensa internacional repercutiu a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (9). O republicano publicou uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma rede social, destacando o tom de chantagem e o ataque a soberania do Brasil.

Foto: Dominick Reuter/Reuters
A imprensa internacional afirma que Trump anunciou as tarifas como parte de uma briga pessoal e política, as relacionaram a uma retaliação pelo julgamento de Bolsonaro e tentativa de atingir o Brasil.
A nova taxa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Ao justificar a medida, Trump citou Jair Bolsonaro (PL) e classificou como “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal. As informações foram publicadas no G1.
O New York Times disse que a tarifa é a mais alta já anunciada contra um parceiro comercial relevante.
A BBC destacou que Trump e Bolsonaro perderam as eleições e se recusaram a reconhecer a derrota.
O Guardian chamou a carta de “agressiva” e relacionou atitudes dos dois líderes
O Le Monde afirmou que a tarifa é uma retaliação dos EUA contra o Brasil por causa do julgamento de Bolsonaro.
O Washington Post informou que Trump fez um ataque direto ao governo Lula.
O Clarín disse que as tensões entre Brasil e Estados Unidos aumentaram.
Veja os destaques:
O The New York Times informou que as tarifas são um movimento de Trump para retaliar o que ele classificou como uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O jornal ressaltou que a tarifa de 50% é, de longe, a mais alta já anunciada contra um parceiro comercial relevante. A reportagem lembrou que, no ano passado, os Estados Unidos importaram US$ 42 bilhões em produtos brasileiros, como combustíveis, máquinas, metais e aeronaves.

Imagem: The New York Times
“Ambos perderam eleições presidenciais e se recusaram a reconhecer publicamente a derrota”, foi o que destacou a BBC.
Trump acusou o Brasil, sem comprovações, de realizar “ataques” contra empresas americanas de tecnologia e de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

Imagem: BBC
O Le Monde afirmou que o anúncio do presidente dos EUA é uma retaliação ao processo que tramita na Justiça contra Bolsonaro.
“Promotores brasileiros acusam Bolsonaro de ser o ‘líder de uma organização criminosa’ que conspirou para mantê-lo no poder independentemente do resultado da eleição presidencial de outubro de 2022, que foi vencida pelo líder de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva”, diz a reportagem.
O jornal francês também mencionou as críticas de Trump contra as tentativas do Supremo Tribunal Federal de regular as redes sociais e combater a desinformação.

Imagem: Le Monde
O The Guardian ressaltou que, diferentemente das cartas quase idênticas que Trump costuma enviar, a mensagem direcionada ao presidente Lula foi “notavelmente diferente”. A reportagem também chamou a carta de “destemperada”.
O jornal também destacou que os atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília “relembraram de perto o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021”.
“Considerando que Trump ainda sustenta que estava dentro de seus direitos ao conspirar para permanecer no cargo, após perder a tentativa de reeleição em 2020, e que os esforços culminaram em uma revolta de seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021, não é difícil entender por que Trump parece tão dedicado à ideia de que Bolsonaro não cometeu nenhum erro”, afirma.

Imagem: The Guardian
O Clarín apontou que a tensão entre Estados Unidos e Brasil “escalou com força” nesta quarta-feira, após o anúncio de Trump.
A reportagem destacou ainda que, na carta ao presidente Lula, Trump “misturou razões políticas e econômicas” para justificar a decisão de aumentar as tarifas muito além da média aplicada aos demais países latino-americanos, que é de 10%.

Imagem: Clarin
O The Washington Post informou que Trump fez um ataque direto ao governo Lula por causa do julgamento de Bolsonaro.
O jornal diz que Trump compara o caso do ex-presidente ao próprio histórico jurídico e lembrou que o republicano enfrentou quatro processos criminais antes de retornar à Casa Branca.

Foto: The Washington Post


















