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Brasil e Mundo

Investimentos até 2030 na Pan-Amazônia

Compromisso firmado na COP28 garante 2 bilhões de dólares


Mais de R$ 9,7 bilhões, ou aproximadamente 2 bilhões de dólares na cotação atual, são investimentos planejados pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) até 2030 na Pan-Amazônia.

(Foto: Divulgação)

O compromisso foi firmado no painel “Somos Amazonía, Somos Solución”, que contou com participação da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia), que é secretariada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), nesta quarta-feira, 6 de dezembro, na 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O painel reuniu representantes da Agencia Presidencial de Cooperación Internacional de Colombia (APC Colombia), Fundación Pachamama Ecuador, nação Chapra, Nature Bonds/The Nature Conservancy (TNC) e Hope.

No total, são 17 parceiros estratégicos escolhidos pelo CAF para ajudar na missão, entre eles a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), Green Climate Fund (GCF) e The Nature Conservation.

O plano de investimento tem foco na proteção da biodiversidade e das pessoas que vivem nos países da região. Para isso, o projeto foca em três temas transversais: ciência para inovação, conhecimento e pesquisa; apoio no fomento de políticas para financiamento institucional; e coordenação regional e sistemas de inovação.

Também há foco em cinco linhas temáticas de desenvolvimento: bioeconomia, setores produtivos, infraestrutura sustentável e serviços básicos, povos tradicionais e modelo de financiamento cross-cutting.

Karina Pinasco, coordenadora geral do programa Pan-Amazônico de Cooperação e Coalização da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e secretária-executiva da SDSN Amazônia, avalia como extremamente positiva a mobilização em prol das pessoas e da sociobiodiversidade.

“É um enorme esforço e uma meta muito interessante, pois não se pensa apenas em financiamento de negócios, mas também em conhecimento, formação, recuperação, restauração e ao apoio em termos de governança para a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)”, explica.

O compromisso ainda pretende mobilizar um repasse de USD 15 bilhões até 2026 e USD 30 bilhões até 2030 para a aliança da Coalizão Verde, um esforço regional coordenado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Karina Pinasco considera que “para todos nós temos uma valiosa oportunidade. No que diz respeito à FAS, já iniciamos contato para implementarmos as nossas soluções [da SDSN Amazônia] e uma série de ações muito positivas, mas também para os membros das redes às quais estamos ligados. […]. Nós vamos focar, justamente, no trabalho de soluções relacionadas com meios de vida, bioeconomia, escolas. Além disso, vamos retomar um projeto que temos desenvolvido com a principal [SDSN/ONU], que é voltado para formação de empreendedores amazônicos, dos países que fazem parte da rede, através de uma educação formal. Estamos muito contentes por isso e os investimentos permitem que retomemos os projetos e que cogitemos novas metas”, complementa.

(Foto: Divulgação)

Novo compromisso na COP28

No próximo domingo, dia 10, das 11h30 às 12h15 (horário de Dubai), a SDSN Amazônia participará do painel “Áreas naturales protegidas y medios de vida de la población local”, no pavilhão Peru – Zona Azul da Expo City.

O momento reunirá: Virgilio Viana, superintendente-geral da FAS; o Servicio Nacional de Áreas Naturales Protegidas por el Estado (Sernanp) e a Comisión de Promoción del Perú para la Exportación y el Turismo (Promperu), ambos do Peru; Antonio Pulgar, governador estadual de Huánuco; Leyda Rimarachín, vice-governadora regional do Amazonas; a Rede GCF-Brasil; e Albina Ruiz, ministra peruana do Ambiente (Minan). A mediação será de Karina Pinasco.

O painel é organizado pela Mancomunidad Regional Amazónica (MRA), FAS e SDSN Amazônia, com realização da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) do Peru e da Rewild.

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