A família de Michael Schumacher, heptacampeão da Fórmula 1, teme que imagens e arquivos médicos do piloto surjam na internet após um HD (disco rígido) com arquivos pessoais do ex-piloto ter sumido. É o que afirma o jornal inglês “Daily Mail” nesta terça-feira (10), dia que marca o julgamento do trio acusado de tentar extorquir os familiares do alemão.
Markus Fritsche, de 53 anos e ex-segurança de Michael Schumacher, esteve no tribunal do distrito de Wuppertal, na Alemanha, ao lado de Yilmaz Tozturkan, também de 53, e o filho Daniel Lins, de 30, acusados de participarem da trama. Na última semana, detalhes do caso foram revelados pelo “Daily Mail”.
Segundo a publicação, mais de 1500 arquivos pessoais do ex-piloto foram roubados e armazenados em quatro pen drives e dois discos rígidos pelo ex-segurança Markus Fritsche quando soube de sua demissão. Os materiais incluem fotos, vídeos e prontuários médicos do ex-piloto ao longo de seu tratamento após o acidente de esqui em 2013.
Os quatro pen drives e um dos HDs foram encontrados na casa do sobrinho de Tozturkan neste ano. No entanto, um outro HD estaria escondido na casa da mãe de Tozturkan, mas a publicação inglesa afirma que foi revelado durante o julgamento que este último não foi localizado.
A falta de notícias sobre o disco rígido faz com que os familiares de Michael Schumacher temam que as informações privados de Schumacher sejam divulgadas na dark web – uma espécie de internet invisível, com páginas que não podem ser encontradas por meio de mecanismos de busca, como o Google.
Fritsche, o ex-segurança de Schumacher, teria sido contratado pela família um ano e seis meses antes da grave queda sofrida pelo alemão e trabalhou na casa do ex-piloto até 2020, quando obteve posse do material que ainda incluiria 200 vídeos do heptacampeão.
Fritsche conversou com Yilmaz Tozturkan, um segurança de boate, que pediu ajuda do filho Daniel Lins, especialista em informática. O trio, então, fez contato com a família Schumacher, ameaçando divulgar o material dos dispositivos na dark web caso não recebesse cerca de 14 milhões de euros, equivalentes a cerca de R$ 89 milhões (na atual cotação).