A onça-pintada resgatada no meio do Rio Negro, em outubro deste ano, foi devolvida à natureza após uma megaoperação encabeçada pela Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet-AM). A ação começou às 6h do dia 9 e foi concluída no dia 10 de novembro, marcando um feito inédito na Amazônia.

Fotos: Joedi Porto e Antonio Humberto/Sepet
Esse é o primeiro caso registrado de um felino da espécie Panthera onca resgatado, tratado e reintroduzido em seu habitat natural na região.
Operação
A ação foi coordenada pela Sepet-AM e envolveu médicos-veterinários, biólogos, pesquisadores e técnicos de imagem, que permaneceram na região de soltura de 13h de domingo até 6h40 da manhã de segunda-feira (10).
A equipe precisou acampar na mata para garantir a liberação do animal em plenas condições de segurança, conforme orientações dos profissionais envolvidos.
O felino foi entregue à natureza após 40 dias de resgate, conforme a determinação do responsável técnico, o biólogo Nonato Amaral, que acompanhou toda a operação.

Fotos: Joedi Porto e Antonio Humberto/Sepet
Também participaram da ação pesquisadores do Laboratório de Internações de Fauna e Floresta (Laiff) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), coordenados pelo professor Dr. Rogério Fonseca, biólogo e especialista em manejo de fauna silvestre.
A onça foi sedada por veterinários especializados e transportada em uma caixa confeccionada especialmente para a operação. Após ser liberado, o animal retornou de forma segura ao ambiente natural, onde continuará sendo monitorado por especialistas.

Fotos: Joedi Porto e Antonio Humberto/Sepet
Monitoramento e reintrodução
Antes da soltura, a onça-pintada recebeu uma coleira de radiomonitoramento no dia 4 de novembro de 2025, durante exames que confirmaram seu bom estado de saúde. O equipamento foi cedido pelo Instituto Onça-Pintada (IOP), de Goiás, por meio do biólogo e fundador da instituição, Leandro Silveira.


















