O advogado, jornalista e político amazonense Arlindo Augusto dos Santos Porto morreu aos 95 anos, na tarde desta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro (RJ). Ainda não há informações sobre a causa da morte. O corpo, segundo os familiares de Arlindo, deverá ser velado e cremado.
Nascido em Manaus, Arlindo também atuou como presidente da Aleam, governador do Amazonas em exercício, deputado federal, secretário de Estado de Administração e subsecretário de Estado de Comunicação Social.
Foi membro titular e presidente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e membro efetivo da Academia Amazonense Maçônica de Letras. Além disso, foi conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), entidade da qual foi vice-presidente.
Entre outros títulos, escreveu: Bernardo Cabral, um paladino da Democracia (1988); Regatão da Saudade; Nunes Pereira – O Cavaleiro de Todas as Madrugadas do Universo (1993).
Arlindo foi eleito em 4 de setembro de 1993 e empossado em 3 de dezembro de 1993 na Academia Amazonense de Letras, tendo ocupado a cadeira de número 35.
Robério Braga se despediu de seu amigo em texto emocionado.
“Emocionado comunico o desencarne do meu amigo, compadre e figura exemplar de Maçom que comigo organizou a Academia Maçônica: Arlindo Porto, aos 95 anos de idade Deputado estadual, deputado federal, governador do Estado, secretário de comunicação, secretário de Administração, presidente do instituto geográfico e histórico do Amazonas e da academia amazonense de letras , fundador do sindicato dos jornalistas . Na residência dele no Rio de Janeiro Lamento. Figura excepcional, humano, sensível, espiritualista, paciente e educado, ao mesmo tempo em que leve e divertido era honrado e sério na vida pública, incapaz de uma palavra maldosa contra qualquer pessoa .
Foi ainda conselheiro do TCE.
Tive o privilégio de ser amigo e padrinho de um filho dele, padrinho de batismo e de casamento.
Nunca se lamentou da vida dura que passou durante anos quando afastado da política.
Foi obrigado a vender livros de porta em porta no Rio para sobreviver mas manteve a dignidade e a honradez, depois de ter sido governador do estado e presidente da assembleia legislativa.
Harmonioso com todos e em tudo, escrevia com clareza, precisão e leveza e era um exímio revisor.
Faleceu lúcido tendo completado 95 anos em 15 de fevereiro passado.
Fica uma lacuna enorme no seio da Maçonaria, das letras, do jornalismo, e mais que isso dentre os escassos exemplos de nobreza e honradez da vida pública.”