Já está disponível o segundo episódio da série documental Momorõ, que traz luz ao legado cultural e aos saberes ancestrais das mulheres indígenas Dessana e Tukano do Alto Rio Negro. Disponível no canal do YouTube do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi (CMI), a produção segue emocionando o público ao retratar as oficinas de artesanato e grafismo realizadas entre setembro e outubro deste ano. Acesse o episódio mais recente pelo link http://bit.ly/48TR2wm.

Foto: Divulgação
O título da série, Momorõ — “borboleta” na língua Dessana —, foi escolhido por Carla Wisu, idealizadora do projeto Reconstruindo Teias: Arte e Tecnologias de Cuidado da Mulher Indígena. O símbolo da borboleta expressa a união e a força das mulheres que trabalham juntas.
Falar de povos indígenas é um ato político
Segundo ISIS de Manaus, diretora do projeto audiovisual, dar visibilidade às narrativas indígenas é um ato de resistência e urgência.
“Mostrar essas histórias, principalmente em Manaus, o estado mais indígena do Brasil, é essencial. A série evidencia como as mulheres indígenas desempenham papéis fundamentais ao cuidar da terra, do corpo e ao manter um olhar único sobre o mundo”, afirma ISIS.
Carla Wisu reforça a importância do documentário como forma de preservar e compartilhar o conhecimento ancestral. “Essas oficinas criaram um espaço de troca de saberes, um verdadeiro resgate cultural, permitindo às mulheres reviverem tradições que, por vezes, ficaram adormecidas pela vida urbana.”
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Troca de saberes e empoderamento feminino
As oficinas, conduzidas por Carla Wisu, Thaís Dessano e Janine Dessano, contaram com a participação de 20 pessoas, selecionadas por meio de inscrições. Mais que aprendizado técnico, elas promoveram um ambiente de empoderamento e fortalecimento mútuo.
“A série celebra o protagonismo feminino. Com uma equipe majoritariamente composta por mulheres, reunimos indígenas, negras e LGBTQIAPN+ para dialogar, se fortalecer e produzir juntas”, destaca ISIS.
Além disso, o projeto visa democratizar o acesso ao conhecimento ancestral, incluindo legendas no documentário, para que mais pessoas possam usufruir desse registro cultural.
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Impacto cultural e colaborações
A série Momorõ faz parte do projeto Reconstruindo Teias, realizado pelo CMI em parceria com Pedra de Fogo Produções, Instituto de Pesquisa Tabihuni e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM (PPGAS/UFAM). O projeto conta com financiamento da Lei Paulo Gustavo e apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC-AM).
“Esse trabalho mostra a força das parcerias entre diferentes grupos em prol da valorização da cultura indígena e negra”, pontua ISIS.
Com episódios curtos e impactantes, Momorõ é mais que uma série; é uma ferramenta educativa e um registro histórico, que ecoa o valor da preservação das culturas indígenas em um contexto urbano.
“Não perca os episódios no canal do CMI e compartilhe para ampliar essa voz ancestral que resiste e transforma”, finaliza Carla.
Assista ao teaser: https://www.instagram.com/reel/DCZs73zvZAC/?igsh=YmRtZWM4NTYxaWp0