Um público estimado em mais de 50 mil pessoas participou da segunda noite da 32ª Festa do Cupuaçu e XXVI Feira da agroindústria, Negócios e Economia Criativa, que encerrou no último domingo (28), em Presidente Figueiredo. A atração mais esperada da noite, a cantora paraense Joelma, subiu ao palco por volta das 23h.
Mas, antes, o público assistiu a final do concurso Rainha do Cupuaçu, vencido por Gabrielem Miranda, acadêmica de direito, de 20, moradora da Comunidade Maroaga, zona rural de Presidente Figueiredo.
Durante mais de uma hora, a rainha do tecnobrega levou a plateia ao delírio com os hits mais famosos do tecnobrega, como “Tacacá”, “Lua me traiu”, “Dançando Calypso”, “Cúmbia do Amor” e, também, a Maranata, um dos clássicos da música gospel.
Joelma também promoveu um concurso de dança com o público presente. Três homens e três mulheres subiram ao palco e dançaram com os bailarinos da cantora. Os vencedores levaram para casa uma premiação em dinheiro no valor de R$ 500.
Além da cantora paraense, subiram ao palco da Praça da Vitória, neste sábado (27), as atrações regionais Ricardo Mendes, Uendel Pinheiro e a Banda Meu Xodó, que manteve o público animado até alta madrugada do domingo.
Inclusão
A empolgação do público que lotou a arena da Praça da Vitória e os arredores do circuito shows da Festa do Cupuaçu, só não foi maior que a das Pessoas com Deficiência (PcDs), que assistiram a tudo do camarote da inclusão. O espaço implantado em 2022, que se tornou obrigatório em todos os eventos públicos organizados pela prefeitura do municipio, esteve lotado durante todos os dias de programação.
Luciana Vitória Morid de Almeida, de 17, participou do evento pela terceira vez. Ela confessou que estava sonhando com a Festa do Cupuaçu, principalmente para assistir ao show da cantora Joelma. Cadeirante, por conta de doença na medula espinhal, vibrou bastante e cantou as músicas da cantora favorita, na companhia da mãe.
Ray Monteiro, de 55 anos, paraplégico por sequelas da síndrome da doença de Guillain Barré, só parou de dança nos intervalos entre as apresentações, mesmo assim, muitas vezes acompanhou também o som do DJ Pedro Diaz.
Jeferson Melo de 22, com Síndrome de Daow, era outro dançarino de mão cheia. A animação dele contagiava a todo que circulavam pela área próxima ao camarote.
Para a presidente da Apae de Presidente Figueiredo, Juliana Romero, a criação do Camarote da Inclusão, vai além de ser uma política pública. É um avanço importante para inclusão e melhoria da qualidade de vida das pessoas PcDs.
“É uma iniciativa de importância social, especialmente para os jovens, mas de grande significado em todas as idades. Faz com eles se sintam parte da sociedade”, afirmou.
Além da localização com acessibilidade, o camarote é bem espaçoso para que todos fiquem bem acomodados junto com seus acompanhes. O transporte adaptado é gratuito, assim como o lanche é servido durante os shows.