A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) reforçou apoio à luta antimanicomial, nesta segunda-feira (29), durante a abertura do “1º Fórum Estadual sobre Saúde Mental e Pessoas em Conflito com a Lei”. O evento, que encerra na próxima quarta-feira (31), está sendo realizado no auditório do Centro Administrativo Desembargador José de Jesus F. Lopes, localizado na sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus.
O fórum busca o aprimoramento das políticas públicas relacionadas à pauta no Amazonas, fortalecendo a política antimanicomial e maior integração entre o Poder Judiciário e a rede de saúde mental. A atividade, é uma iniciativa do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do TJAM, em parceria com a Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Amazonas (Ejud/TJAM).
O Defensor Público Geral, Rafael Brabosa, presente no evento, destacou a relevância e o apoio à pauta antimancomial. “A Defensoria acredita que existem outros meios para recuperar e tratar aquelas pessoas que, por alguma razão, cometeram algum delito. E essa é uma medida que também tira a pessoa do encarceramento, mas não a coloca em um manicômio, porque a Defensoria também é contra essa política manicomial. Precisamos ver como vamos inserir essas pessoas na rede de saúde, pois, para a Defensoria, isso é o ideal”, ressaltou o DPG.
“Por isso nós estamos aqui. Apoiamos essa iniciativa e vamos contribuir sempre que formos demandados pelo TJ, pelo Estado, para continuar essa política e fazê-la efetivamente algo importante e real no Amazonas”, acrescentou.
O defensor Arlindo Gonçalves, coordenador Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa), também presente no evento e falou sobre o alinhamento com a atividade, que visa ainda a implementação da Resolução n.º 487/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Antimanicomial do Poder Judiciário brasileiro, com a finalidade de garantir os Direitos Humanos e promover a inclusão social de indivíduos em situação de vulnerabilidade psicossocial.
“O CNJ editou recentemente a Resolução 487, que exatamente visa a desinstitucionalização das pessoas em conflito com a lei, que estejam internadas, mas que tenham algum transtorno mental. A ideia, com essa resolução, é que se priorize o tratamento na rede antes de penalizar, que se priorize uma questão de saúde pública”, observou Arlindo Gonçalves