A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) e a Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) emitiram, nesta quarta-feira (27/10), Comunicado de Risco, notificando os municípios sobre a predominância no estado de 89% dos casos de Covid-19 pela Variante de Preocupação (VOC) Delta (B.1.617) do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O alerta, feito por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Amazonas (Cievs-AM), está publicado nos sites da FVS-RCP e da SES-AM.
O documento toma como fonte o resultado de estudo sobre vigilância genômica realizado pelo Instituto Leônidas Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia), publicado em 26 de outubro de 2021 e comunicado na mesma data ao Cievs nacional.
O comunicado informa que, a partir de novos resultados de exames de RT-PCR processados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), amostras foram submetidas ao sequenciamento pela Fiocruz Amazônia, resultando em 173 novas amostras confirmadas para a Delta, e 2 amostras confirmadas para a Variante de Interesse (VOI) Mu. No total, até a presente data, diz o documento, foram detectados 197 casos de Delta e 4 casos da Mu no Amazonas, demonstrando maior frequência da variante Delta (89%), sobretudo na capital Manaus.
Anteriormente a este período, prossegue o comunicado, o último alerta emitido pelo Cievs Amazonas, no dia 28 de setembro deste ano, após recebimento de resultados da Fiocruz-AM, indicava o total de 24 casos de Delta no estado.
A partir dos novos resultados, a distribuição dos casos da variante Delta no Amazonas é a seguinte: Manaus (176), Parintins (13), Maués (3), Manacapuru (2), Fonte Boa (1), Itacoatiara (1) e São Paulo de Olivença (1). Com relação à Variante de Interesse (VOI) Mu, esta foi primeiramente encontrada na cidade de Tabatinga (a 1.108 quilômetros da capital), em agosto de 2021. Foram três casos confirmados em Tabatinga, em agosto, e um em Manaus, em setembro.
Diante do novo cenário, o documento da SES-AM e FVS-RCP orienta para recomendações a serem seguidas pela rede pública de saúde, dentre os quais o fortalecimento da vigilância ativa e intensificação da vacinação.