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TRE-AM abre exposição que celebra 93 anos e a conquista do voto feminino

A abertura foi conduzida pela presidente do TRE-AM, desembargadora Carla Reis


O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) inaugurou, nesta segunda-feira (25), a exposição “93 anos do TRE-AM e da Conquista do Voto Feminino”, no Amazonas Shopping, Bairro Chapada, zona Centro-Sul de Manaus. A mostra celebra a trajetória da Justiça Eleitoral no estado e destaca a importância histórica da participação feminina no processo democrático brasileiro.

 

 

A abertura foi conduzida pela presidente do TRE-AM, desembargadora Carla Reis, com a presença de autoridades do Judiciário e convidados. A exposição reúne documentos, registros e imagens que contam a evolução do voto no Brasil, desde os primeiros títulos eleitorais até as mudanças recentes no sistema de votação.

Durante a cerimônia, a presidente do TRE-AM ressaltou os avanços conquistados pelas mulheres na Justiça e na política.

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Carla Reis, presidente TRE-AM (Imagens: Patrick Jr)

 

“Avançamos muito desde a conquista do voto feminino, mas ainda há desafios. Hoje, as mulheres já são maioria nos concursos da magistratura e ocupam cada vez mais espaços, inclusive no TRE-AM, que pela primeira vez tem presidente e vice mulheres. Essa exposição resgata a luta histórica das pioneiras e mostra que ainda precisamos seguir avançando”, disse Carla Reis.

Para a juíza representante da OAB no tribunal, Giselle Falcone, a composição atual do TRE-AM simboliza representatividade.

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Juíza Giselle Falcone, representante da OAB no TRE-AM (Imagens: Patrick Jr)

“Tenho orgulho de fazer parte deste tribunal. O TRE-AM hoje é um exemplo de representatividade, com mulheres na presidência, na corregedoria e em outras cadeiras do tribunal. Isso reforça a importância das ações afirmativas, como a resolução do CNJ que garante maior presença feminina nos espaços de liderança, assegurando um lugar que historicamente nos foi negado”, destacou.

O juiz titular da Vara da Infância e da Juventude Infracional, Eliézer Fernandes Jr, que já presidiu eleições no estado, também falou sobre as mudanças na participação feminina.

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Eliezer Fernandes Jr (Imagens: Patrick Jr)

“Minha trajetória no TRE se mistura com a história da instituição, são 27 anos atuando, também, na Justiça Eleitoral. Podemos visualizar, atualmente, um avanço significativo na presença feminina. Tanto na política quanto na magistratura, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço, com mais juízas e desembargadoras atuando na corte”, afirmou.

A servidora responsável pelo Centro de Memória da Justiça Eleitoral do Amazonas, Marilza Moreira, lembrou a transformação da Justiça Eleitoral ao longo do tempo.

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Marilza Moreira, responsável pelo Centro de Memória da Justiça Eleitoral do Amazonas (Imagens: Patrick Jr)

 

“A evolução da Justiça Eleitoral é impressionante. No passado, tirar um título podia levar meses e o eleitor que não votasse respondia até criminalmente- lembrando que, durante muito tempo, nem se pensava no voto feminino. Hoje, o processo é simples e rápido, mostrando como a tecnologia transformou a participação cidadã (principalmente das mulheres) ao longo das décadas”, contou.

 

A exposição segue até 29 de agosto, com entrada gratuita, e busca aproximar a sociedade da história da Justiça Eleitoral, destacando conquistas que garantiram direitos e fortaleceram a democracia no Amazonas, na região Norte e no Brasil.

Fragmentos históricos da Justiça Eleitoral amazonense

O Centro de Memória Eleitoral do Amazonas reúne documentos e registros que retratam a evolução do voto no estado, desde os primeiros títulos eleitorais de 1904 e 1916 até as urnas eletrônicas atuais. O acervo presente na exposição inclui processos eleitorais, listas de eleitores, certificados e a primeira urna de madeira usada nas eleições de 1933, evidenciando como a Justiça Eleitoral se modernizou ao longo das décadas.

 

Entre os itens preservados estão solicitações de inscrição de eleitores de 1921 e livros de registros de 1929, quando a Justiça Eleitoral ainda não existia formalmente no Amazonas. Na época, o direito ao voto era restrito, exigindo comprovação de propriedade e capacidade financeira, e mulheres ainda não podiam participar das eleições.

 

O acervo também inclui folhas de votação que substituíam títulos eleitorais, certificados de alistamento e telegramas do tribunal ao TSE, demonstrando como eram comunicadas as informações e como a Justiça buscava organizar o sistema eleitoral em todo o estado.

 

O museu preserva ainda urnas históricas, como a urna de madeira de 1933, utilizada até 1950, e modelos subsequentes que evidenciam a evolução tecnológica até a implementação das urnas eletrônicas em 1996.

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