O empresário José Urbelan Pinheiro de Magalhães, de 47 anos, conhecido como “Sabão”, que é suspeito de agenciar a venda de um recém-nascido por R$ 500, no Amazonas, se entregou à polícia, nesta terça-feira (15). As investigações apontam que o homem teria recebido o pagamento e repassado o valor à mãe da criança, que disse estar endividada com um agiota.

Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM
Luiz Armando dos Santos, de 40 anos, e Wesley Fabiano Lourenço, de 38 anos, foram presos ao tentarem sair com o bebê da maternidade de Manacapuru, na sexta-feira (11). Segundo a polícia, José Urbelan, que é dono de uma lanchonete na cidade, também foi preso no mesmo dia. Apesar do flagrante, os três foram liberados no domingo (13).
Nesta terça-feira (15), a Justiça acatou o pedido do Ministério Público, que havia recorrido da decisão de soltura. O recurso foi apresentado no mesmo dia, e, após análise, o Judiciário reverteu a liberação dos três suspeitos.

Casal paulista preso por tentar comprar bebê no Amazonas (Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução/G1)
Após a nova decisão, José Urbelan, acompanhado de seu advogado, se apresentou no Distrito Integrado de Polícia de Manacapuru.
Entenda o caso
O caso foi descoberto após a equipe da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Manacapuru receber uma denúncia anônima, por meio de um aplicativo de mensagens. A denúncia incluía a imagem de um veículo circulando pela cidade com dois homens e informava que eles estariam negociando a compra de um bebê recém-nascido na maternidade pública do município.
Durante as apurações, foi constatado que ela decidiu entregar o bebê para quitar uma dívida com um agiota.
Ainda conforme as investigações, o casal suspeito de comprar o bebê estava em Manacapuru desde junho, acompanhando a gestação, com a intenção de levar a criança para São Paulo.
A delegada também informou que há indícios de que o casal tenha levado outra criança em uma ocasião anterior, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Além disso, eles tiveram um processo de adoção arquivado por não apresentarem a documentação correta e por tentarem fraudá-lo.
Joyce reforçou que a mãe do bebê deve ser indiciada ao longo da investigação. “Haverá mais indiciados, como a mãe da criança, a esposa do intermediador e outra pessoa, caso seja identificada e comprovada a participação dela nessa rede de adoção ilegal”, concluiu.
O trio responderá pelos crimes de tráfico de pessoas com a finalidade de adoção ilegal.


















