Sensibilizar sobre o Alzheimer, ajudar famílias a enfrentar a doença e tratar seus idosos foi o objetivo da palestra realizada nesta terça-feira (01/09), no Centro Estadual de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, administrado pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). A iniciativa faz parte da campanha de conscientização sobre a doença de Alzheimer, cuja data de conscientização global é o dia 21 de setembro, realizada pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
O Alzheimer é uma doença degenerativa, progressiva, ainda sem cura e que afeta pacientes e familiares. A presidente da Abraz – Regional Amazonas, Claudia Bandeira, disse que apesar de não ter cura, é necessário fazer o acompanhamento da pessoa com Alzheimer e a família é o porto seguro nessa luta. O trabalho da entidade consiste no acolhimento dos familiares que, ao receberem o diagnóstico do médico, geralmente necessitam de orientação.
“Passamos informações oficiais sobre a doença, principais sintomas e os cuidados que a família precisa ter”, afirmou, frisando que se a doença for descoberta no início, o tratamento com medicação pode retardar perdas, inclusive de memória.
Segundo Cláudia Bandeira, por ser uma doença do envelhecimento, o Alzheimer deve ser tratado com um geriatra, neurologista ou psiquiatra. Conforme a dirigente, exames como ressonância magnética e tomografia computadorizada podem indicar uma hipótese da doença, no entanto, o principal fator para fechar o diagnóstico é o posicionamento da família com relação ao comportamento do paciente.
Grupo de apoio
Uma parceria entre o CECF Magdalena Arce Daou e a Abraz vai resultar na criação de um grupo de apoio, que funcionará no próprio Centro, para atendimento das famílias de pacientes com Alzheimer. A dirigente considera o universo dos CECFs excelente para desenvolver esse trabalho por conta do grande número de frequentadores. Devido à pandemia do novo coronavírus, esse trabalho está previsto para iniciar em 2021. “Os grupos de apoio funcionam com o intuito de ouvir os familiares que tenham casos de Alzheimer na família, trocar ideias e dar orientações”, esclareceu a presidente.