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‘Solatium’ une Corpo de Dança do Amazonas e Orquestra de Câmara no fim de semana

Criado em um período de quarentena, o espetáculo será apresentado no Teatro Amazonas


O período de confinamento ocasionado pela pandemia de Covid-19 afetou os ensaios dos Corpos Artísticos do Estado, que tiveram de encontrar um meio de continuar os trabalhos pelas plataformas digitais. No próximo fim de semana, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) apresenta o resultado de um processo de quase cinco meses de trabalhos em casa que se transformaram em “Solatium”, espetáculo que será realizado no Teatro Amazonas, junto com a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), que vai interpretar os “Divertimentos”, de Mozart.

(Foto: Divulgação)

O evento gratuito promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, teve as vagas esgotadas no Portal da Cultura para presença do público no espaço, que opera com 50% da capacidade. O espetáculo será apresentado no sábado (26/09), às 20h, e no domingo (27/09), às 19h.

O diretor do CDA, Mário Nascimento, conta que antes do novo coronavírus chegar ao Amazonas e paralisar as atividades, já havia a ideia de trabalhar com a OCA em um novo projeto. Com a pandemia, os bailarinos começaram a receber instruções para ensaios em casa e, após uma conversa com o regente titular da OCA, Marcelo de Jesus, a obra de Mozart foi usada como fio condutor para o surgimento de um novo espetáculo.

(Foto: Divulgação)

“Temos uma parceria que já vem de muito tempo com a OCA, desde o espetáculo ‘Vazantes’. Gosto muito de trabalhar com eles e com o maestro Marcelo de Jesus, que sugeriu ‘Divertimentos’, de Mozart, uma obra que fala muito de brincadeiras e é uma ode à alegria. Se não fosse por esta obra, talvez eu conduzisse o trabalho para algo mais hermético e depressivo, devido à pandemia, e como não poderia ter contato, propus que fizéssemos 21 solos, além de dois trabalhos em conjunto, de um trio e de um casal, todos sem contato físico”, detalha.

O processo teve a condução de Nascimento, mas também foi colaborativo. De casa, os bailarinos criavam suas coreografias e apresentavam ao diretor, que interferia e desenvolvia junto com o elenco.

(Foto: Divulgação)

“A direção é minha, e a coreografia é minha e do elenco, que pesquisou e ia me apresentando. Assim, o elenco se descobriu participativo e inserido dentro do processo criativo. Gosto de fazer isso em meus trabalhos. Foi muito difícil criar sem ter o toque, porque sou um diretor que trabalho muito com a proximidade, porém o elenco foi incrível e me auxiliou. Quando paramos, já tínhamos os solos montados. Estou muito feliz com o desempenho do elenco”, relata.

“Solatium”, em latim, significa conforto e consolo, que é a proposta que Nascimento quer levar ao palco com o CDA. “Estamos tendo a oportunidade de dançar, adotando todos os protocolos, e levar um pouco de esperança nestes tempos tão sombrios. É papel do artista a capacidade de superação e de ser um ponto de equilíbrio. A proposta é de um trabalho alegre, mas sem esquecer pelo que estamos passando no momento. Nosso figurino será todo em preto em respeito às vítimas da Covid-19 e a seus familiares”, declara o diretor do CDA.

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