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Segurança e bom senso

Conjunto de normas sanitárias para o bem-estar dos alunos e dos professores


OPINIÃO DA EDITORA

Cumprindo o protocolo, vai dar certo. Fiz cinco perguntas para Luiz Fabian, secretário de Educação do Estado do Amazonas, sobre o retorno das aulas, no ensino público.  “Estamos cercados dos cuidados necessários recomendados pela Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas e seguindo as orientações dos órgãos nacionais e internacionais da saúde.”.

Como estão os preparativos para o retorno das aulas presenciais no dia 10 de agosto?

Luiz Fabian – Há mais de 60 dias, uma equipe de técnicos da Seduc vem preparando um plano de retorno das aulas presenciais. Esse plano se sustenta em três eixos: o pedagógico; o cuidado com a saúde psico-social de alunos e servidores; e os protocolos de saúde que foram desenhados com a aprovação dos órgãos da Saúde do Estado e orientação dos órgãos nacionais e internacionais da saúde. Esse protocolo prever a distribuição de EPIs, compramos mais de 1 milhão de máscaras, cada aluno vai receber duas máscaras laváveis, dispositivos de álcool em gel em todas as salas de aula, fizemos um investimento de mais de 10 milhões de reais, colocamos pias nas portas da escolas, aquisição de termômetros, tapetes sanitizantes. Adotamos o sistema híbrido, ou seja, os alunos assistirão aulas presenciais duas vezes por semana, alternando por aulas em casa, pela Internet.

O senhor acha viável as reivindicações dos sindicalistas?

Luiz Fabian – Eu compreendo que algumas pessoas podem estar ansiosas com esse retorno. Mas nós só promovemos essa volta às aulas depois que as orientações das autoridades de vigilância sanitárias são nesse sentido. Nós podemos retornar porque há comprovação científica que, seguindo os protocolos, o retorno será adequado. Nada é mais importante do que a saúde de professores e alunos, Nem mesmo o ano letivo. Contudo, as escolas na rede privada retornaram há 15 dias e não houve nenhum caso de Covid-19 notificado, no ambiente escolar, então, vejo que estamos prontos, efetivamente para retornar. A manifestação do Sindicato não é representativa da maioria dos professores. Temos mais de 20 mil professores na rede publica estadual, a maioria desses professores não são sindicalizados e não foram consultados. Por outro lado, fizemos uma pesquisa com os professores e 97% respondeu que é a favor do retorno na modalidade híbrida.

Qual o percentual de professores do Estado que hoje já está lecionando nas escolas particulares?

Luiz Fabian – Então, 23% dos professores das escolas particulares, também são da rede pública. O que nós queremos é que esses professores, que já estão lecionando, verificada a a possibilidade tranquila da volta às aulas nas escolas particulares, que eles possam tranquilizar os seus pares em relação a esse retorno na escolas públicas.

A Seduc já conversou com a Associação de Pais. Qual o posicionamento deles?

Luiz Fabian – Antes de iniciarmos o plano do retorno, nós fizemos uma pesquisa, que ouviu mais de 80 mil pais, e 82% desses pais manifestaram pela vontade de retornar às atividades presenciais desde que houvesse a divisão da turma em dois grupos. Então, decidimos pela modalidade híbrida.

Como fica o Calendário Escolar até o final de 2020?

Luiz Fabian – Com o retorno, apenas na capital, no dia 10 de agosto, do Ensino Médio, e no dia 24 de agosto do Ensino Fundamental, vamos conseguir implementar as 800 horas, carga horária para encerramento do ano letivo. Vamos encerrar em dezembro, antes do Natal. Nossa intenção é exatamente essa: garantir o encerramento deste ano, minimizando os prejuízos pedagógicos dos alunos e que os professores e alunos tenham suas férias. Nada, absolutamente nada, pode substituir a atividade escolar. A única forma que podemos criar agentes de transformação social é por meio da educação. Abrir mão de um ano letivo é abrir mão da educação de 450 mil crianças e jovens no nosso Estado, isso vai gerar um prejuízo incomensurável no futuro dessas pessoas. Se as aulas já retornaram na iniciativa privada, precisamos voltar na rede pública, sob pena de aumento da desigualdade que já existe entre alunos dessas duas redes. Precisamos voltar, desde que a gente garanta a distribuição de EPIs e outros protocolos determinados pela vigilância sanitária, e isso nós estamos garantindo.

 

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