OPINIÃO DA EDITORA
Sempre fui ‘Ana Maria Braga Futebol Clube’. Dito isso, aviso que tive que respirar fundo, para escrever hoje, a pedido da minha neta Manuela (vó, você tem que escrever, seus leitores estão esperando… esta me ama!), sobre a partida repentina do Louro José. Fiquei abalada, de verdade. Mas, muito mais, com a apresentadora que perdeu o seu filho papagaio, o seu partner, a sua ‘escada’ humorística que fazia as minhas manhãs mais leves. Falando de Ana: é do signo de Áries. Eu tinha certeza que ela iria surgir tesa e firme frente às câmeras. Sabe o porquê? Eu respondo: para continuar viva! Fundo da cama e embaixo das cobertas não é a ‘cara’ do ariano. Esse signo chora muito, se auto-flanela moralmente, em pensamento, palavras, porém, chega um momento que dá um basta! Não deu outra. Ana, no dia seguinte, surge como uma mãe dilacerada, contudo, pronta para abraçar todos os órfãos do papagaio apaixonante. Lembrei daquela música do Chico Buarque: ” Oh, pedaço de mim (…) a saudade é arrumar o quarto – a bancada – de um filho que já morreu”. Quando vi, ali na telinha, aquela pessoa com voz embargada, não teve jeito, chorei junto com a Ana Maria Braga.
