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Jane Bastos: quando alcançamos o fim da subida!

Estou falando de Jane Bastos, cantora e interprete das canções de Maria Bethânia como ninguém


E o mundo mais uma vez perde um alma do bem. Aliás, a palavra “bem” me faz encher os olhos de água ao lembrar dela cantando para mim “Cuide-se bem”, música de Guilherme Arantes, com sua voz rouca, cabelos soltos, dedos fortes deslizando as cordas do violão e um olhar único para a canção.

(Foto: Divulgação)

Estou falando de Jane Bastos, cantora e interprete das canções de Maria Bethânia como ninguém. Sua voz de contralto reunia aquele grave que tremia o corpo e um agudo que arrepiava a alma. Viveu a noite Manaura como ninguém. Embalou noitadas, horas a fio. Ela, seu violão e seu sonho de tocar as pessoas. Jane eternizou a canção “Gaia” do compositor amazonense Renato Linhares. E mal sabia ela que partiria como cantava nos versos desta canção:

“Quando aceitarmos o medo do indesejado.
Quando alcançarmos o fim da subida.
Quem não dirá que na noite de um dia qualquer beijou o vento.
Quem negará que um dia esqueceu de acordar antes do sol”

Jane, ou Janica, como eu adorava chamá-la, se despediu neste final do mês de agosto. Ela não viu o próximo mês entrar. Mas essa danadinha fez de sua vida, dos palcos e de suas amizades, como o mês faz a cada 30 ou 31 dias: começou, deixou os dias seguir, horas com chuva, horas com sol, e terminou. E assim como um espetáculo, ela recebe, de quem a conheceu, os aplausos de pé, por sua bela interpretação da vida.

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