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Sem vacina, Djokovic perde na Justiça e é deportado

A decisão do Tribunal do Circuito Federal de Melbourne determina que o tenista deixe o país por três anos


O Tribunal do Circuito Federal de Melbourne decidiu por unanimidade na madrugada deste domingo, 16 (tarde na Austrália), pela deportação de Novak Djokovic em decorrência de o tenista não ter sido vacinado contra a covid-19, e deu fim à novela que se arrastava desde os primeiros dias do ano. Dessa forma, o número 1 do mundo não poderá jogar o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, e terá de deixar o país da Oceania. A decisão pelo indeferimento do pedido de reintegração do visto do atleta foi lida pelo presidente do tribunal, James Allsop.

Divulgação Internet

O colegiado esteve completo, isto é, contou com os votos de outros dois juízes federais, David O’Callaghan e Anthony Besanko. A audiência foi realizada virtualmente e transmitida ao vivo no canal da corte australiana no YouTube. A decisão do tribunal é definitiva. Portanto, não cabem mais recursos e o líder do ranking da ATP terá de deixar a Austrália.

A partir de agora, o tenista enfrenta uma proibição de três anos para retornar ao país, exceto em certas ocasiões, que podem incluir “circunstâncias convincentes que afetam os interesses da Austrália”. Allsop explicou ainda que o veredito não refletiu “no mérito ou sabedoria da decisão” e que o raciocínio completo que motivou a decisão será divulgado nos próximos dias.

Repercussão da decisão

A ATP (Professional Tennis Association) descreveu a deportação de Novak Djokovic pelo governo australiano como “o fim de uma série de acontecimentos profundamente tristes”, definiu o jogador sérvio como “um dos nossos maiores campeões” e alertou que “as decisões das autoridades legais em matéria de saúde pública devem ser respeitadas”.

“A decisão de hoje de manter o cancelamento do visto de Novak Djokovic na Austrália marca o fim de uma série de eventos profundamente tristes. Em última análise, as decisões das autoridades legais em matéria de saúde pública devem ser respeitadas. e aprender com essa situação”, diz a ATP em comunicado oficial.

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, disse neste domingo que o tenista foi maltratado em uma “caça às bruxas”, que se assemelhava a um show no estilo “orwelliano” (em referência ao escritor George Orwell).

“Vocês não humilharam Djokovic, mas humilharam a si mesmos”, disse Vucic, referindo-se às autoridades de imigração da Austrália.

“Maltrataram um jogador de tênis por dez dias para finalmente dar a ele uma decisão cujo conteúdo eles conheciam desde o primeiro dia”, afirmou o presidente sérvio.

Enxurrada de críticas

Grande parte dos tenistas se posicionou de forma contrária ao comportamento antivacina de Djokovic, que recebeu uma enxurrada de críticas, algumas um tanto quanto contundentes. Rafael Nadal, por exemplo, afirmou que “não há jogador na história que seja mais importante do que um evento”. “Cada um escolhe seu caminho. Respeito Novak como pessoa, claro, e como atleta, sem dúvida, mesmo não concordando com muitas coisas que ele fez nas últimas semanas”, completou o espanhol.

Já o grego Stefanos Tsitsipas afirmou que Djokovic faz parte de “uma pequena minoria que escolhe seguir o próprio caminho” e isso faz a maioria dos tenistas “parecer tolos”. Segundo a ATP, apenas 3 entre os 100 melhores tenistas do ranking não estariam vacinados até o momento.

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