Manaus,
×
Manaus,

Brasil e Mundo

Na corda bamba: circo búlgaro luta pela sobrevivência durante pandemia

"Não quero que o circo morra antes de mim. Quero ir antes de o circo morrer", disse Balkanski


Sentado em sua caravana no centro de Sófia, Alexander Balkanski, ex-acrobata e trapezista e fundador do maior circo da Bulgária, oscila entre a esperança e o desespero ao somar os custos emocionais e financeiros da pandemia de Covid-19. Neste ano, Balkanski, de 78 anos, esperava comemorar o 200º aniversário do envolvimento de sua família com o circo e o 20º aniversário do Circo Balkanski, mas o lockdown abreviou drasticamente a temporada, que normalmente vai de abril a novembro.

(Foto: Reuters)

Balkanski hipotecou a casa para conseguir 250 mil euros para uma tenda nova encomendada para comemorar os aniversários. Ele teve que reorganizar a programação seis vezes em meio ao acúmulo de contas e aos cancelamentos de artistas, e o circo só abriu as portas no dia 1º de setembro.

“Em toda a Europa, os circos estão de joelhos, incluindo nós”, disse Balkanski, cuja família é originaria da Itália e que se apresentava desde os oito anos de idade.

Uma injeção bem-vinda de 50 mil euros de ajuda estatal foi gasta em dias com pagamentos atrasados, aluguéis e gastos de manutenção com sua trupe de 40 integrantes. Inicialmente as pessoas voltaram para a grande tenda em setembro, mas a Bulgária, como a maior parte da Europa, testemunhou uma disparada de infecções de Covid-19 no outono local, e isso reduziu rapidamente o número de visitantes na instalação para duas mil pessoas — de 300 a 600 por dia na primeira semana para algumas dezenas nos últimos dias.

 

Você também pode gostar...

Os comentários são de inteira responsabilidade do autor e não expressam a opinião do Portal Mazé Mourão. Você pode ser denunciado caso comente algo racista, injúria ou conteúdo difamatório.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

três × quatro =