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À frente do Lacen há mais de duas décadas, Tirza Mattos é exemplo de dedicação

Diretora do Laboratório Central é uma das mulheres que atuam na linha de frente do enfrentamento à Covid-19


O próximo dia 8 de março será lembrado como um Dia Internacional da Mulher diferente. Quem atua na linha de frente do enfrentamento à pandemia de Covid-19 carrega experiências e marcas que o tempo não será capaz de apagar. Segundo dados divulgados pela ONU Mulheres, já em março de 2020 as mulheres representavam 70% das pessoas trabalhando à frente do combate ao coronavírus, principalmente nos setores social e de saúde.

(Foto: Divulgação)

No Amazonas, um dos braços mais importantes da rede de saúde do estado – o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) – é conduzido por uma das mulheres que doam tempo, dedicação e conhecimento, em benefício de toda a população.

Tirza Mattos, farmacêutica-bioquímica amazonense, tem 62 anos, sendo 23 dedicados à direção do Lacen, que compõe a estrutura da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS). Em tempos de pandemia, o laboratório tornou-se a primeira casa, onde ela e parte da equipe trabalham de domingo a domingo, em uma das missões mais importantes e de maior demanda durante o surto de Covid-19: a testagem para detecção do coronavírus.

“Eu estou aqui há 23 anos no Lacen e nada se compara com essa pandemia. Nós tivemos a cólera muito tempo atrás, mas essa pandemia supera qualquer coisa, nós não temos um parâmetro para ela. No laboratório nós temos gerências, são cinco gerências comandadas por mulheres e nós tivemos medo, mas tivemos que superar. Tivemos a força e determinação. É com garra e determinação que conseguimos enfrentar todas as fases difíceis no enfrentamento da Covid-19”, conta a diretora.

(Foto: Divulgação)

Entre os desafios impostos pela pandemia, aprender a lidar com as perdas causadas pelo vírus tem sido o mais doloroso. De todas as despedidas, a mais difícil para ela foi a da doutora Rosemary Costa Pinto, diretora-presidente da FVS, que morreu em janeiro de 2021, após complicações decorrentes da Covid-19.

“As perdas me trazem a lembrança da doutora Rose, uma amiga de 25 anos, companheira, irmã e isso também causa muita dor, saber que a pandemia levou a maior lutadora pela causa no nosso estado. Isso causa uma tristeza muito grande, agora entrou a vacina, nós estamos em um novo momento e ela não está participando desse evento”, lamenta Tirza.

Para ela, um Dia Internacional da Mulher perfeito será ao lado da família e dos três filhos, fortalecida por uma garra que ela também almeja para todas as outras mulheres.

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