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Esquisitice


Em tempos idos, dona Leonor, minha mãe, quando percebia alguma coisa no ar, fosse o que fosse, ela costumava dizer: ”estou sentindo uma esquisitice!” E, claro, ficávamos à deriva sobre o assunto, mas sempre acontecia algo e lá vinha a réplica: “sabia, estava prevendo!”. Ufa. Com o tempo, desenvolvi essa sensação. Sabe a respiração presa? Vontade de paralisar tudo? Jeito ariano de ser, a pessoa pode aparecer coberta de ouro e prata… eu sempre penso: “Meu Deus, quero estar errada”.

Mas, geralmente, não estou. Falo sempre para minha comadre e psicóloga Jhó. E ela, na sua expe- riência, concorda. Sempre comenta: “Não confio em gente perfeitinha. Para começar, sempre digo: não acredite em mulher que jura que vai guardar segre- do. Vai nada. A sua melhor amiga tem sempre uma outra melhor amiga, entendeu?”, procede, comadre. Enfim, o sentimento de esquisitice não falha. É batata. E, pasme, a revelação vem, contudo, veja você leitora assídua, ainda me assusto e me admiro.

Bola pra frente.

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