Fui durante 20 anos a Parintins, como parte efetiva de um grupo de jornalistas que esperavam o ano inteiro para saber se o seu nome estava na lista. A situação começava em abril, as mãos suavam quando, em maio, vinha a escalação de quem trabalharia na Ilha Tupinambarana. Tinha até lobby, e quando um nomeado adoecia e era substituído, a alegria era incontestável. A ilha me encantou desde o primeiro momento em que pisei lá. Histórias onde sou protagonista, vixe, são muitas. E algumas caíram no anedotário dos colegas que, até hoje, quando nos encontramos, elas emergem igual a cobra grande no lago Macurani.
Nunca pensei que passaria um final de junho sem o Festival Folclórico de Parintins. É uma estranha ausência, uma saudade daquele solo, daquela mistura, mas, principalmente de ver, presencialmente, o bumbódromo lotado, até o tucupi, sentir o calor das galeras azul e vermelha nas arquibancadas e os bois entrando, cada um no seu horário, realizando o maior espetáculo a céu aberto do mundo. Dizem que acontecerá em novembro, deste ano. Que assim seja. Eeeehhhh, boi!