Em uma ilha onde o som dos tambores ecoa alto, há um lugar onde o silêncio também fala. No coração de Parintins, a Catedral Nossa Senhora do Carmo se ergue não apenas como construção histórica, mas como símbolo da fé que embala cada gesto da cultura local.
Foto: Jimy Pontes
A igreja, de arquitetura neogótica, é mais do que um ponto turístico: é um abrigo espiritual para os parintinenses. Antes de cada espetáculo, é comum ver torcedores dos bois, artistas e moradores entrarem no templo em silêncio, pedirem proteção, agradecerem pela saúde ou simplesmente se conectarem com algo maior. É ali que a emoção ganha pausa e a fé toma a frente.
Historicamente construída com o esforço da comunidade local, a Catedral representa uma das maiores expressões de coletividade da ilha. Tijolo por tijolo, cada detalhe foi erguido em um gesto de devoção — o mesmo que vemos nos galpões de alegorias, nas oficinas dos artistas e nas toadas que embalam o Festival.
Ao entramos na Catedral, percebemos que é mais do que um marco religioso, o templo é uma âncora emocional. Um espaço onde tradição e espiritualidade caminham juntas, onde o sagrado abraça o popular. É o lugar onde o povo se fortalece antes de ir à arena, onde pedidos se transformam em promessas e promessas viram gratidão.
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Porque em Parintins, o Festival é vivido com o corpo… Mas começa mesmo é com a alma e com coração.
